terça-feira, 23 de agosto de 2011

O Pequeno Príncipe - O trecho que não esquecerei...




Apaixonei por esse trecho:

"Como o principezinho adormecesse, tomei-o nos braços e prossegui a caminhada. Estava emocionado e tinha a impressão de carregar um frágil tesouro. Parecia-me mesmo não haver na terra nada mais frágil. Observava, à luz da Lua, aquele rosto pálido, seus olhos fechados, suas mechas de cabelo se agitavam com o vento. E pensava: "Oque eu vejo não passa de uma casca. O mais importante é invisível..."
Como seus lábios entreabertos esboçassem um sorriso, pensei ainda: "O que tanto me comove nesse príncipe adormecido é sua fidelidade a uma flor; é a imagem de uma rosa que brilha nele como a chama de uma lamparina, mesmo quando ele dorme..."  E eu então o sentia ainda mais frágil. É preciso proteger a chama com cuidado: um simples sopro pode apagá-la!
E continuando a caminhada, eu descobri o poço, ao raiar do dia." (O Pequeno Príncipe - p. 78)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A falta que faz uma capa


Uma historinha de amor entre amantes da Literatura. Nada de mais, deve acontecer por aí o tempo todo.

     Fim de noite, sexta-feira, a cidade já está quase vazia. Um cara está sentado no metrô –vou contar a história com metrô porque é mais charmoso, mas pode ser no ônibus, na lotação, na perua escolar, sei lá–, cansado depois de um dia de trabalho. Almoçou mal, correu o dia inteiro, teve que ficar na hora extra e perdeu o happy hour com os amigos, essas coisas. Os passageiros em volta deviam ter passado por um dia igual, o vagão todo estava meio apagado.
     Aí então o vagão se ilumina. O vagão se ilumina e não foi porque uma lâmpada preguiçosa que estava apagada decidiu acender, foi porque uma garota acabou de entrar. Bonita na medida, bem vestida, charmosa, com um meio sorriso e uma bolsa colorida de bolinhas. Ela –destino, destino– decide sentar-se ali, de frente para ele.
     Então, a garota abre a bolsa e...

Versão analógica
     ... tira um livro lá de dentro. Nosso amigo reconhece as cores, a foto, o título. A sorte acaba de sorrir para ele: os dois estão lendo o mesmo livro.
     Ele procura rápido na mochila e saca o livro também, faz questão de segurar de um jeito que todos possam ver a capa. A garota levanta os olhos, curiosa, para ver o que ele está lendo e... Bingo! O meio sorriso vira um sorriso inteiro. É a deixa.
     Os dois conversam, ele troca para o banco dela, acaba descendo uma estação antes só para acompanhá-la até em casa. No dia seguinte foram à livraria ver as novidades, passaram o fim de semana juntos e o resto vocês já sabem: acabaram juntando as bibliotecas e vivendo felizes para sempre.

Versão digital
     ... tira um Kindle lá de dentro. Ela está lendo o mesmo livro que ele, mas nosso amigo não tem como saber: só vê a parte de trás do aparelhinho.
     Sem saber como puxar papo, ele saca da mochila o iPad, para passar o tempo. A garota levanta os olhos, curiosa, para ver o que ele está lendo e... Só vê uma estampa de maçã. O meio sorriso continua meio. Nada de deixas.
     Não conversam. Ela desce numa estação, ele fica na seguinte. No dia seguinte, cada um baixou um livro novo, cada um na sua casa, e o resto vocês já sabem: passaram o fim de semana na Internet. Além do mais, nem daria para juntar as bibliotecas mesmo, porque tem arquivo que nem é compatível. 

PS: recebi por email, mas o texto é de Bruno Palma e Silva (http://acepipesescritos.blogspot.com)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Hoje é dia de Edith Stein

Hoje é 09 de Agosto, 
dia de Santa Tereza Benedita da Cruz - Edith Stein. 




Filósofa, contemporânea de Edmund Husserl, M. Heidegger e outros. Soube como deixar uma marca na História da Filosofia, na Pedagogia e na Fé. Judia convertida ao catolicismo, encontrou na fé católica uma razão para passar fiel e posso dizer sem medo, feliz pelo martírio, sofrido no campo de concentração de Auschwitz. Um massacre que como diz o escritor e sobrevivente do Holocausto, "Não pode ser esquecido!". Edith soube com firmeza defender a fé católica e judaica. Honrou o nome das duas religiões não só com versos e letras, 
mas com atitudes e com a vida.
Ela é o meu exemplo, minha mentora, minha mãe espiritual. Eu a amo e sei que ela me ama! Juntas passamos uma jornada árdua até que eu estivesse pronta para apresentá-la no meio acadêmico. Serei grata a Deus se no dia do meu juízo final eu tiver Santa Edith Stein como minha advogada. Estarei em ótimas mãos!
Então no dia de hoje, dia dela, quero pedir de tomo meu coração e alma:

Santa Tereza Benedita da Cruz, Ora pro nobis!
PS: Tb tem textos sobre ela aqui,  aqui e aqui.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Infância

Estou fazendo oficina de textos a mais ou menos um mês. Tem sido bem legal! Não faço com nenhum objetivo concreto, faço apenas porque sou curiosa e estou ADORANDO!! A professora é MUITO legal!!!
Então, de vez em quando vou colocar uma coisa ou outra que eu escrever aqui.

Este texto foi um exercício de poesia e o tema era infância. Logo eu que não gosto de poesia!!! Hahahaha... a professora morre de rir quando me manda fazer poesia, porque ela sabe que eu não gosto e faço cara feia...

Segue o texto escrito no dia 28/06/2011




Ai que saudade da aurora
da minha infância que não volta
Dos tempos do parque de areia e foguete
Do tempo em que voei pela primeira vez na minha bicicleta
Não voltam mais, nem os bolos de lama faço mais.

Ai que saudade da mamãe deitada 
no chão de taco ao som dos clássicos
Ai que saudade do chá da tarde e do perfume
do bolo de limão feito para a festa onde
todas as bonecas vão menos meu irmão.

Ai que saudade da infância nas águas doces
de todos os feriados no clube.
Do frango com farofa, sem esquecer do feijão,
senão a menina não come não.

Tentei voltar a infância que não volta, não mais infante
Mas com minhas próprias crias.
Ao brincar com eles por onde eu brinquei
ao passar por eles por onde eu passei,
senti saudade da infância feliz, dos amigos,
dos tombos que tomei, dos dentes que perdi,
das lágrimas que derramei e dos sorrisos que dei.
Tive certeza mais uma vez, (ainda bem)
Que me restam muitas memórias 
da infância que não volta.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pensando... Edith Stein





“O corpo e a mente do homem estão equipados para a luta e a conquista segundo sua vocação original de submeter a terra e de tornar-se seu senhor e rei. Nele atua o impulso de sujeitá-la pelo conhecimento e assim apropriar-se dela pelo espírito, mas de adquiri-la também como posse, com os prazeres que ela tem a oferecer e, finalmente, de transformá-la em sua própria criação pela ação transformadora. (…) Quando a vontade de conhecer se revela forte e quando empenha todas as suas forças para satisfazê-la, vê-se na contingência de ter de renunciar amplamente às posses e ao desfrute dos bens da vida; quando coloca a sua vida a serviço de posses e prazeres, aproxima-se menos do conhecimento puro (…). Quando se dedica totalmente à criação de um pequeno mundo pela ação formadora (…) acaba relegando a um segundo plano o conhecimento puro e a alegria dos bens da vida. Em cada um desses campos por sua vez, o desempenho individual é tanto mais perfeito quanto mais limitada a área de ação. Desta maneira, é justamente o desejo da realização mais perfeita possível que leva à uniteralidade e ao atrofiamento de grande parte das suas possibilidades.” Edith Stein (A mulher: sua missão segundo a natureza e a graça, 2, II (EDUSC 1999, pág. 88)

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