Apaixonei por esse trecho:
"Como o principezinho adormecesse, tomei-o nos braços e prossegui a caminhada. Estava emocionado e tinha a impressão de carregar um frágil tesouro. Parecia-me mesmo não haver na terra nada mais frágil. Observava, à luz da Lua, aquele rosto pálido, seus olhos fechados, suas mechas de cabelo se agitavam com o vento. E pensava: "Oque eu vejo não passa de uma casca. O mais importante é invisível..."
Como seus lábios entreabertos esboçassem um sorriso, pensei ainda: "O que tanto me comove nesse príncipe adormecido é sua fidelidade a uma flor; é a imagem de uma rosa que brilha nele como a chama de uma lamparina, mesmo quando ele dorme..." E eu então o sentia ainda mais frágil. É preciso proteger a chama com cuidado: um simples sopro pode apagá-la!
E continuando a caminhada, eu descobri o poço, ao raiar do dia." (O Pequeno Príncipe - p. 78)