terça-feira, 28 de junho de 2011

Como católica não posso deixar de postar

Recebi a nota por Email e como Católica Apostólica Romana, não posso não publicar.

As pessoas estão perdendo o limite dos direitos e deveres de cada um. Imposição não é ensinar respeito, não é ensinar a aceitação. Já está se chegando ao limite de que para serem respeitados começam a desrespeitar os direitos, crenças e convicções alheias. 
Estão todos preocupados com seus direitos (entendimento criado de uma visão esquerdista de onde se crê só ter direitos). Mas e os deveres. O brasil é um dos únicos países onde se acredita ter direito a ter salario, educação, saúde etc. Mas não quer ter deveres.
Agora estão incutindo novos idealismos, que muitas pessoas aderem sem um mínimo de reflexão, o que supõe - se investigar todas as camadas envolvidas antes de emitir qualquer opinião.
Não se prega contra o homossexualismo, não se desrespeita os homossexuais. Mas dá forma como se tem feito, será que estão ensinando a serem respeitados?
Por que não respeitam os direitos dos cristão? Por que não respeitam os direitos da Família? Por que não respeitam os direitos dos heterossexuais? Pergunta básica: Por que não respeitam o outro???!!!

Eu amo meus amigos homossexuais! Eles são meus melhores amigos (especialmente 3 deles), mas não pela opção que fizeram, mas pelo o que eles são como pessoas. Nunca deixarei de amá-los, porque são meus amados amigos, mas nunca ferirei os princípios da minha fé em prol de uma ideologia!

Abaixo a nota do Arcebispo de São Paulo

Parada Gay: respeitar e ser respeitado

Eu não queria escrever sobre esse assunto; mas diante das provocações e ofensas ostensivas à comunidade católica e cristã, durante a Parada Gay deste último domingo, não posso deixar de me manifestar em defesa das pessoas que tiveram seus sentimentos e convicções religiosas, seus símbolos e convicções de fé ultrajados.

Ficamos entristecidos quando vemos usados com deboche imagens de santos, deliberadamente associados a práticas que a moral cristã desaprova e que os próprios santos desaprovariam também. Histórias romanceadas ou fantasias criadas para fazer filmes sobre santos e personalidades que honraram a fé cristã não podem servir de base para associá-los a práticas alheias ao seu testemunho de vida. São Sebastião foi um mártir dos inícios do Cristianismo; a tela produzida por um artista cerca de 15 séculos após a vida do santo, não pode ser usada para passar uma suposta identidade homossexual do corajoso mártir. Por que não falar, antes, que ele preferiu heroicamente sofrer as torturas e a morte a ultrajar o bom nome e a dignidade de cristão e filho de Deus?!

“Nem santo salva do vírus da AIDS”. Pois é verdade. O que pode salvar mesmo é uma vida sexual regrada e digna. É o que a Igreja defende e convida todos a fazer. O uso desrespeitoso da imagem dos santos populares é uma ofensa aos próprios santos, que viveram dignamente; e ofende também os sentimentos religiosos do povo. Ninguém gosta de ver vilipendiados os símbolos e imagens de sua fé e seus sentimentos e convicções religiosas. Da mesma forma, também é lamentável o uso desrespeitoso da Sagrada Escritura e das palavras de Jesus – “amai-vos uns aos outros” – como se ele justificasse, aprovasse e incentivasse qualquer forma de “amor”; o “mandamento novo” foi instrumentalizado para justificar práticas contrárias ao ensinamento do próprio Jesus.

A Igreja católica refuta a acusação de “homofóbica”. Investiguem-se os fatos de violência contra homossexuais, para ver se estão relacionados com grupos religiosos católicos. A Igreja Católica desaprova a violência contra quem quer que seja; não apoia, não incentiva e não justifica a violência contra homossexuais. E na história da luta contra o vírus HIV, a Igreja foi pioneira no acolhimento e tratamento de soro-positivos, sem questionar suas opções sexuais; muitos deles são homossexuais e todos são acolhidos com profundo respeito. Grande parte das estruturas de tratamento de aidéticos está ligada à Igreja. Mas ela ensina e defende que a melhor forma de prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis é uma vida sexual regrada e digna.

Quem apela para a Constituição Nacional para afirmar e defender seus direitos, não deve esquecer que a mesma Constituição garante o respeito aos direitos dos outros, aos seus símbolos e organizações religiosas. Quem luta por reconhecimento e respeito, deve aprender a respeitar. Como cristãos, respeitamos a livre manifestação de quem pensa diversamente de nós. Mas o respeito às nossas convicções de fé e moral, às organizações religiosas, símbolos e textos sagrados, é a contrapartida que se requer.

A Igreja Católica tem suas convicções e fala delas abertamente, usando do direito de liberdade de pensamento e de expressão. Embora respeitando as pessoas homossexuais e procurando acolhê-las e tratá-las com respeito, compreensão e caridade, ela afirma que as práticas homossexuais vão contra a natureza; essa não errou ao moldar o ser humano como homem e mulher. Afirma ainda que a sexualidade não depende de “opção”, mas é um fato de natureza e dom de Deus, com um significado próprio, que precisa ser reconhecido, acolhido e vivido coerentemente pelo homem e pela mulher.

Causa preocupação a crescente ambiguidade e confusão em relação à identidade sexual, que vai tomando conta da cultura. Antes de ser um problema moral, é um problema antropológico, que merece uma séria reflexão, em vez de um tratamento superficial e debochado, sob a pressão de organizações interessadas em impor a todos um determinado pensamento sobre a identidade do ser humano. Mais do que nunca, hoje todos concordam que o desrespeito às leis da natureza biológica dos seres introduz neles a desordem e o descontrole nos ecossistemas; produz doenças e desastres ambientais e compromete o futuro e a sustentabilidade da vida. Ora, não seria o caso de fazer semelhante raciocínio, quando se trata das leis inerentes à natureza e à identidade do ser humano? Ignorar e desrespeitar o significado profundo da condição humana não terá consequências? Será sustentável para o futuro da civilização e da humanidade?

As ofensas dirigidas não só à Igreja Católica, mas a tantos outros grupos cristãos e tradições religiosas não são construtivas e não fazem bem aos próprios homossexuais, criando condições para aumentar o fosso da incompreensão e do preconceito contra eles. E não é isso que a Igreja Católica deseja para eles, pois também os ama e tem uma boa nova para eles; e são filhos muito amados pelo Pai do céu, que os chama a viver com dignidade e em paz consigo mesmos e com os outros.
Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 28.06.2011
Card. Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo

Um comentário:

  1. Me desculpe, mas confesso que sempre vejo com estranheza quando um bispo ou qualquer membro cristão cita a natureza e ainda mais quando estes pedem respeito a sua doutrina quando sabemos que eles não respeitam as crenças alheias. Não sou a favor da falta de respeito em nenhum sentido. Nunca fui e nunca serei a favor, mas é impressionante como se dóem quando a ferida feita é na pele deles. Parecem que estão provando do próprio veneno e como isso incomoda.
    Ah! Eu não sou cristã e nada tenho contra a fé dos cristãos. Sou uma pessoa de mente aberta que respeita sim os passos alheios e o que eu tenho visto é que há uma vertente dentro da igreja se manifestando em nome dela e como a igreja nada faz para se mostrar insatisfeita com essa parcela de pessoas que dizem em alto e bom que está contrário aos homessuais porque o seu deus não concorda com suas escolhas. Enfim, o respeito precisa existir sempre, mas é uma via de duas mãos... E há tempos essa via está interditada em ambos os lados. Lamentável, mas é verdade...


    bacio

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