sábado, 6 de setembro de 2014

Meu Precioso



Olá amigos,

Resolvi compartilhar os meus 6 livros preferidos e assim deixar umas dicas de leitura. Então aí vai:
 Crime e Castigo, Os Budenbrooks, O Apanhador no Campo de Centeio, Madame Bovary, Morro dos Ventos Uivantes e Trilogia Millenium que considero um apesar d serem três porque li numa tacada só!
E os meus 7 autores favoritos e queridinhos são Fiódor Dostoiévski, Thomas Mann, Sidney Sheldon, Emily Brontë, Chesterton, Jane Austen e Nicholas Sparks. Mas tem muito mais, estes são só os principais.
Bom fim de Semana e boas leituras.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Mais uma Citação




“li de novo estes cadernos. Como são tristes e monótonos! 
Será que nunca vou conseguir escapar dessa interminável lamentação de mim mesma? Todo o mesmo ser parece tenso – na expectativa”… >> Susan Sontag – pág. 26


Nota: Citação retirada de: Menina no Sótão

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Quartas de links




Tenho percebido que em vários blogs legais costuma-se ter um dia de linkagem. Então, para enfeitar meu blog estou iniciando as "Quartas de links". Afinal toda hora eu acho muitos blogs legais e interessantes. E como eu costumo a fuxicar o blog todo quando eu visito um blog novo, preferi adicionar o endereço do Blog e não uma postagem específica.

Fica a dica de blogs maneiros!!


 That's all folks!

terça-feira, 3 de junho de 2014

Uma Citação


"Qualquer pessoa pode seguir os caminhos da reflexão a sua maneira e dentro dos seus limites. Por que? Porque o homem é o ser que pensa, ou seja que medita. Não precisamos portanto, de modo algum, de nos elevarmos a regiões superiores quando refletimos. Basta demorarmos junto do que está perto e meditarmos sobre o que está mais próximo: aquilo que diz respeito a cada um de nós aqui e agora..." (Heidegger, 2000, p.14)

domingo, 1 de junho de 2014

Meu ato gratuito

(Um exercício de escrita inspirado no texto "Ato Gratuito" de Clarice Lispector)

"Estava eu sentada na biblioteca da minha casa, navegava pela internet, pesquisando sobre nada importante, ou coisa nenhuma que valesse a pena. Me sentia entediada e cansada da mesmice diária da minha casa.

As crianças corriam, brincavam e jogavam bola, video game, cartas. O barulho me irritava e me deixava impaciente.

Resolvi praticar o "Ato Gratuito" escrito por Clarice Lispector, o que para mim representaria um "Ato de Coragem". Resolvi viajar sozinha, carregando na mala algumas roupas, todos os livros que ainda quero ler neste ano, um caderno e minhas canetas. Resolvi viajar para me encontrar, para me sentir feliz e, ao voltar, transparecer uma mulher inteira que por hora não consigo encontrar.

Procurei um paraíso longínquo na Inglaterra, uma cidadezinha bem pequena, de poucas moradias e poucas pessoas, pouco comércio e muito verde, muitas árvores e flores. Busquei uma paisagem que pudesse definir como o Belo.

Aluguei uma casinha com um lindo jardim na frente e um típico banco de praça pública, no qual pudesse em calma e no silêncio ler meus livros. Era perfeita! Como uma foto de revista. Toda mobiliada, perfeita para o que eu queria. Parecia tersido tirada de um dos livros de Jane Austen.

Guardei as minhas coisas, preparei um chá e depois de um longo momento de leitura e contemplação do Belo, parti para uma caminhada pela redondeza. O perfume era diferente, as plantas exalavam uma mistura de um cheiro doce e mentolado. A cada inspiração, sentia meus pulmões se enchendo de novo ar, de nova vida. Podia jurar que o ar entrava por minhas células e as renovava, me enchia de vida.

As poucas pessoas que vi, me cumprimentavam com um acenos e eu correspondiam como se eu fizesse parte deles. Não estavam curiosas, não me julgavam. E apenas após alguns dias e instanttes me sentia feliz. Não havia perguntas sobre quem eu era, sobre o que eu fazia, de onde eu vinha, nada. 

Tudo parecia perfeito. As cores e o perfume das flores. Aquele lugar neutro. Aquela casa saída de um Romance. Me sentia única, inteira como a muito não me sentia.

Uma semana se passou, a saudade dos meninos barulhentos narrando seus jogos de video game apertou. Voltei para casa, sem grandes transformações como imagiva, nem mais gorda nem mais magra. 

Mas aquela lembrança, aqueles momentos, só meus, o perfume mentolado e doce das flores e a contemplação do Meu Belo nunca mais me deixaram. Um ato gratutio, um ato de coragem, realmente teria sido memorável.

Junho - Mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus








O mês de junho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, cuja solenidade litúrgica celebramos dia 19 deste mês. A devoção ao Sagrado Coração tem as suas origens na devoção popular e, sem dúvida, é uma das piedades mais difundidas e mais amada pelos fiéis.

A expressão “Coração de Cristo” nos remete à totalidade de seu ser, Verbo encarnado para a salvação de toda a humanidade. Esta piedade popular tem a sua fundamentação na Sagrada Escritura. Jesus, em seu Evangelho, convida os discípulos a viverem em íntima comunhão com ele, assumindo a sua palavra como modo de vida e revelando-se um mestre “manso e humilde de coração”.

Esta expressão também nos remete ao momento da morte de Cristo, em que, do alto da cruz, por uma lança o seu Divino Coração foi transpassado, de onde jorrou sangue e água, símbolo do nascimento da Igreja e de seus sacramentos, símbolo de nossa redenção. Na água está a nossa purificação e no sangue está a nossa salvação. Neste momento a esposa de Cristo, a Igreja, lava e alveja as suas roupas no sangue do Cordeiro.

O texto que narra Cristo mostrando o lado e as mãos aos discípulos e o convite a Tomé para estender a mão e tocar seu lado também faz parte da fundamentação desta devoção. Esses textos narram o convite que Cristo faz todos os dias a nós, o convite para participarmos de sua ressurreição, entrarmos em sua glória, tornando-nos parte integrante dela, testemunhando-a com nossas vidas e com nossas ações.

Coração nos lembra amor, e há no mundo algum outro coração que amou mais do que o Coração de Jesus? Amor verdadeiro, que só no seu coração encontramos. Todos os dias temos que pedir para que Cristo nos conceda a graça de termos os nossos corações semelhantes ao dele, pois o seu coração é a fonte, o rio, o oceano de misericórdia, no qual somos mergulhados.

Às vezes, para nós este Sagrado Coração se mostra um tanto radical, pedindo de nós um grande despojamento (cf. Mt 19,21) que nem sempre estamos prontos ou dispostos a aceitar. Como no caso do jovem que se encontra com Jesus e pede para que ele o diga o que deve fazer para ter a vida eterna. Não pronto para esta radicalidade, o jovem volta para casa entristecido. Atitude diferente têm inúmeras pessoas que, em determinado momento de sua vida, encontraram-se com este coração e não tiveram medo de dizer o seu sim e se lançar nele.

Celebrar o Sagrado Coração é lembrar que Cristo foi verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. E, sendo homem, também teve os mesmos sentimentos que nós temos. Mas com uma diferença: seu coração sempre foi manso e humilde, por isso nunca maltratou ninguém. Sendo Deus, nunca julgou, mas sempre usou de misericórdia, compadeceu-se dos sofredores e humilhados e sempre prestou-lhes ajuda e consolo. E nós, como andam os nossos corações?

No dia seguinte, após a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, celebramos a memória do Imaculado Coração de Maria. Não temos como falar do Filho sem falar da Mãe, não podemos celebrar o coração do Filho e não celebrar o coração da Mãe.

Essas duas celebrações estão ligadas mostrando-nos um sinal litúrgico da proximidade desses dois corações: o mistério do coração do Salvador se projeta e se reflete no coração da Mãe, que é também companheira e discípula. Se a solenidade do Sagrado Coração de Jesus celebra os mistérios pelos quais fomos salvos, fazer memória do Coração Imaculado é celebrar a participação da mãe na obra salvífica do Filho.

A devoção ao Imaculado Coração de Maria difundiu-se bastante após as aparições em Fátima, onde ela nos pedia a oração e o jejum para que a guerra se findasse.

Durante todo este mês de junho, quando lembramos o Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria, possamos aprender deles o amor, a paciência e a graça de saber perdoar. Pois foi Ele mesmo que nos mandou amar uns aos outros como Ele amou.



Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/celebracoes/sagrado/09.htm

sábado, 17 de maio de 2014

Quando os homens rezam


Achei lindo o resumo da pregação do Sandro Arquejada sobre o Terço do Homens e partilho com vocês aqui.

Quando os homens rezam 
 
O que acontece quando os homens rezam? Talvez você que está aqui desejaria que seu marido, ou seu filho fosse mais de oração, porque temos certeza dos benefícios que a oração trazem para a nossa vida. O terço dos homens é uma iniciativa própria de Nossa Senhora. No Brasil temos indícios desses acontecimento desde o início da escravatura. Dom Gil está a frente de todo a movimentação dos homens que rezam o terço no Brasil e o Eto que começou a rezar conosco aqui na Canção Nova.

Uma característica dos terços dos homem: não tem palestras, não tem missa, acabou o terço eles vão embora. E o bonito que em todos os lugares ouço testemunho: “Larguei do alcoolismo”, “mudei de vida”, e não tem missa, mas só pelo fato de rezarem, muitos dizem: “Não tem como eu continuar indo no terço dos homens se estou adulterando.” Eles mesmos percebem aquilo que não é de Deus. Voltam para a Santa Missa, voltam para a confissão.

As nossas famílias precisam de Deus. O Terço dos homens é um socorro de Nossa Senhora para os homens em nossos tempos. Muitas vezes pensamos: Como tantas mulheres na Igreja. Cadê os homens?”

A sociedade tem passado cada vez mais por dificuldades. Tem passado por uma crise de paternidade. O homem não sabe mais o seu lugar, não sabe mais qual o seu papel. E quantas mulheres tem assumido o papel dos homens porque a os homens não o tem assumido.

Desde da época da caverna, o homem já era diferente, se desenvolveu diferente. A mulher enquanto ficava na caverna para não deixar o fogo apagar, o homem saia para caçar. A mulher foi adquirindo uma visão periférica; e um ser sensível, porque tinha que cuidar dos filhos. O homem saia para caçar, para buscar o sustento e teve que perceber outras noções, como a caça, por isso o homem é mais objetivo, porque o homem foi estabelecendo um senso de localização. O homem foi ficando mais racional, e a mulher mais sensitiva.

Papa João Paulo II vai dizer  na teologia do corpo, que a mulher desempenha a maternidade e o homem a paternidade. A mãe, a celibatária, mesmo a freira, tem o dom de ser mãe, de cuidar espiritualmente, de perceber o que a pessoa está passando. A paternidade é diferente. Deus fez o homem para conduzir, para ser o ponto de referência da mulher.

A mulher quer se apegar, quer cuidar. O pai da estímulo. E a gente vê hoje essa falta de paternidade, tantos adultos mal acabados. O homem é aquele que diz : “Vai você consegue!” Nós homens, mesmo o solteiros, somos chamados a trazer para fora as qualidades. A mulher entende mais o interior, por exemplo, se o filho está apaixonado, ela percebe logo. Já o pai é mais externo.
Jesus aprende uma profissão com o seu pai, e sempre diziam: “O filho do carpinteiro”. Quando eu era ainda criança, minha mãe e eu rezávamos o terço perto do fogão de lenha, ali nos educava com amor. Já meu pai me ensinou a nadar, dirigir, trabalhar.

É você pai que vai ensinar o seu filho a ser filho. A mãe é aquela que nos ensina a espiritualidade.

Deus disse para Eva: “O teus desejos te arrastarão para o seu marido!” A mulher precisa viver o seu interior, a sua sensibilidade. A Adão Deus disse: “Você irá comer com o suor do seu próprio rosto”. O pai é aquele que vai a luta, que proteje.

Interessante que um autor disse assim: Os pais antigos eram autoritários,e o pai de hoje são mandados pelos seus filhos.

A gente vem de uma época para que muito coisa, fosse disvirtuada. Depois do pós guerra, muitos imigrantes vieram para cá, e muitos ficaram com primeiro a obrigação e depois lazer. Mas muitos se rebelaram. Foi dai que surgiu a a rebelião do sexo e o estímulo das pirúlas. Se dizia: “Faça o que quiser com o seu corpo. E os filhos dessa revolução, já pensavam na comodidade. E assim foi construída essa geração. Os filhos desses tinha liberdade, tinha bens e serviços. Mas é uma geraçaõ que não tem a presença dos pais. E aquilo que foi alimentando lá na década de 60, é o que permanece hoje. As pessoas tem tudo, mas os filhos estão sem pais, e as famílias estão cada vez mais destruídas.

A classe média hoje é considerada, uma classe feminista, e o homem foi ficando de lado. Ensinaram ao homem dessa sociedade hoje, trabalho e trabalho. Só se pensa nos bens materiáis que vão dar aos seus filhos. Os homens encontram-se frustrados. Onde está o homem moderno? Se afundando.

Homem de Deus, onde você tem se gastado? Onde tem usado os seus dons? Sua força? Onde você tem colocado suas frustrações?

Se você quer ser feliz: seja como São José! Seja um homem trabalhador, que dá o exemplo do trabalho. Como faz bem para o filho ver o pai lavando um carro, consertando algo, mas claro podemos fazer muitas outras coisas. Por isso que a juventude hoje não quer saber de trabalhar, porque os pais não estimularam seus filhos ao trabalho.

Seja honesto. Homem de Deus, seja uma pessoa honesta. Seja um homem íntegro. Dentro da sua casa, com sua esposa. Se você prometeu cumpra.

Homem de Deus, é esse o papel de dentro da sociedade, um homem que cuida dos seus. A sua esposa merece o seu amor. Nos dias de hoje Nossa Senhora tem chamado de volta os homens. A Mãe é, muitas vezes ,esse elo de ligação de ponte em casa. A Virgem Maria também é este elo entre nós e Deus.

Não há problema de ordem espiritual e racional que Maria não possa te ajudar. Junte a sua família para rezar, pelo menos um terço por dia. Seja lá o que você tem vivido, se você começar a rezar um terço todos os dias, muita coisa vai mudar! Se espelhe em São José, mas deixe Nossa Senhora cuidar de você!
 

Transcrição e adaptação: Jakeline Megda D'Onofrio.

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Sandro Arquejada
Missionário da Comunidade Canção Nova
 
Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/eventos/novoeventos/cobertura.php?cod=2941&pre=8371&tit=Quando%20os%20homens%20rezam

Citação - Dom Rafael Cifuentes e Viktor Frankl


"Por que estas situações se repetem hoje até a saciedade? Por que o homem moderno se encontra tão indefeso diante da decepção e se mostra tão vulnerável às frustrações? A resposta já a demos nestas páginas muitas vezes: Porque absolutiza o relativo. Porque diviniza o que é humano. E quando o humano e o que parecia absoluto se desintegram, o homem  se encontra como suspenso no ar: não acha nada em que apoiar-se, tudo parece que voa e se despenca como o rio numa imensa cascata. E se sente a vertigem da existência..." (Rafael Cifuentes - Deus e o Sentido da Vida - p. 111)

"Não tenho dúvidas em afirmar que sempre que alguém está desesperado  com ele mesmo dá a entender que divinizou algo, que fez dele um valor absoluto.
Uma época como a nossa, em que tão difundida está a frustração individual, é uma época de angústia desesperada para tantos, porque precisamente é uma época em que falta para muitos um sentido para sua vida e isto por sua vez porque se divinizam a capacidade do trabalho e do prazer. É indiscutível que também em tempos passados se dava a frustração existencial, mas os homens afetados por ela não acudiam ao médico, senão ao sacerdote, a quem agora deveriam recorrer em realidade." (Viktor Frankl - La idea psicológica del hombre - p. 72)


quinta-feira, 15 de maio de 2014

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Minha aventura na cozinha - Risoto de Abobrinha

Vim hoje relatar minha aventura na cozinha pré Dia das Mães.
Não sou muito de cozinhar, mas modéstia a parte, quando eu resolvo pilotar o fogão,  até que sou boa. Especialmente na culinaria do dia a dia e de pratos salgados. Em doce não, sou uma negação!

Há uns 4 meses, estava assistindo o programa Tempero de Família, do Canal GNT e o lindo do Rodrigo Hilbert, preparava para sua linda esposa um jantar. Os pratos eram: 
  • Salada Verde Crua,
  • Risoto de Abobrinha,
  • Chuchu a milanesa e
  • de sobremesa, Maçã do amor.
Eu nem gostava de abobrinha, até assistir este programa. Aconteceu o mesmo com comida japonesa!! Em um outro programa dele, ele ensinava a fazer sushi, sashimi, Tempura de camarão e Temaki.

O cara comia com tanta vontade e prazer que eu fiquei morrendo de vontade de comer comida japonesa. Well, o resultado é  que eu viciei em comida japonesa e abobrinha, graças ao fofo e lindo Rodrigo Hilbert.

Por isso, resolvi partilhar minha aventura na cozinha e o menu de hoje é:

Risoto de Abobrinha

Ingredientes:

Cebola, cenoura, chuchu, alho e manjericão. 2 xíc. de arroz arbóreo, 400gr de queijo parmesão ralado, vinho branco, manteiga, salsa e cebolinha e abobrinha. Azeite, sal e pimenta.

Primeira coisa é fazer o caldo de legumes. Em uma panela separei 1 litro de água, cortei em pedaços médio o chuchu e a cenoura. Coloquei o azeite (no olhomêtro), sal e pimenta e acrescentei um tempero chamado chimichurri e coloquei paracozinhar. Depois dos legumes cozidos, coei o caldo e reservei, os legumes comi como salada.



Segunda coisa é fazer uma pasta bem picadinha, no meu caso usei um mixer, com o alho, a cebola, a salsa, a cebolinha e o manjericão. Depois de tudo bem picadinho, acrescetei o sal e o azeite e reservei.

Esse mixer me ajuda MUITO! O meu é da Mallory


Em separado rale o queijo parmesão e pique bem picado a abobrinha. Eu comprei o queijo já ralado. Uma dica que dou é dar uma fervura na abobrinha para que ela fique mais saborosa. Não me lembro se ele fez isso, então não fiz, mas acredito que a abobrinha terá mais sabor.




Depois de tudo adiantado, usei uma panela alta e larga, porque não tenho uma risoteira, para refogar a pasta de cebola, alho e etc em um pouco de azeite.

O perfume era maravilhoso!!



Depois de refogada a pasta, acrescentei o arroz (sem lavar) e uma xícara de vinho branco e misturei bem. Como eu não bebo, comprei uma garrafinha pequena só para fazer o risoto. Depois aos poucos, fui acrescentando o caldo de legumes preparado no início. De pouco em pouco até dar um ponto al dente.


Quando o arroz ficou no ponto, acrescentei a abobrinha e misturei bem. Nessa hora já estava salivando!! Hummm, que fominha!!


Depois que incorporei bem a abobrinha, acrescentei a manteiga (olhômetro) e o queijo parmesão. Achei que seria muito queijo e coloquei a metade (220gr). Me enganei, coloquem as 400gr, mesmo, não fica salgado e dá mais sabor. aqui em casa, acabamos por colocar direto no prato. Esta parte final já fiz com o fogo apagado para não grudar tudo.




Piatto pronto. Ora basta mangiare. Bon appetit!




De Sobremesa, não tinha maçã do amor, mas tinha meu ovo de páscoa trufado de Maçã do Amor da Cacau Show que eu ganhei e não tinha aberto ainda!!! Serviu bem!!!




sexta-feira, 9 de maio de 2014

A Psicologia Fenomenológico-Existencial: uma contextualização


A Psicologia Fenomenológico-Existencial: Contextualização 

Por: Ana Maria L.C. Feijó *



Etimologicamente, psicologia significa ciência da alma. A curiosidade acerca da alma sempre foi e continua sendo uma caracterêstica do homem. O primitivo considerava a alma como uma entidade responsável pelas manifestações de natureza subjetiva, que se justificava pela vivência dos sonhos, pelas manifestações delirantes e pela experiência da morte, chegando a conceituá-la como substância sutil numa concepção materialista, constituindo um duplo.
Aristóteles, também interessado no estudo da alma, porém com o propósito de averiguar sua imortalidade, definiu-a como o ato primeiro, ou seja, como perfeição fundamental de um ser vivo.
Atualmente, a alma ainda constitui-se num alvo de interesse do homem contemporâneo e é descrita como um substrato substancial das representações, das sensações, das emoções, dos sentimentos; enfim, de uma expressão psêquica.
Ocorre que com o advento da ciência, a alma, como objet6 de estudo, tomou-se inconcebêvel. A psicologia passou a ser definida como a ciência que estuda o comportamento. O comportamento substitui a alma, uma vez que a ele é possível empregar todos os princípios científicos e seus respectivos métodos, principalmente o método hipotético-dedutivo.
Por conseguinte, a psicologia passou a pertencer ao rol das ciências naturais, que contêm no bojo de seu objeto de estudo os fenômenos fisiológicos. Neste aspecto a psicologia fica reduzida à fisiologia
Brentano surge em ferrada oposição a Wundt como a qualquer outra proposta que considere os fenômenos psicológicos como epifenômenos. Por outro lado defende que não cabe à psicologia preocupar-se com a condição da imortalidade da alma. Este ponto de vista fica claro na passagem de seu livro Psychologie du point de vie empirique (1944):
"Assim, anunciar-se-ia para a psicologia, o mesmo espetáculo que vimos acontecer com as ciências da natureza. Foi a ambição dos alquimistas de produzirem ouro, fazendo ligas de metal, que os levou às pesquisas quêmicas. Mas tendo atingido a maturidade, a ciência renunciou à transmutação como coisa impossêvel." (p.43)
Desta forma identifica-se em Brentano uma nova direção ao estudo dos fatos psicológicos. Define a psicologia como a ciência dos fenômenos psíquicos, cuja verdade é somente uma verdade relativa, visto que anterior ao comportamento há a intencionalidade do homem, cujo ato consciente se revela livre.
A partir da possibilidade oferecida por Brentano, surgem seus discípulos com o propósito de aprofundar os conhecimentos sobre intencionalidades Entre eles pode se destacar Freud e Husserl. Do primeiro desenvolve-se a Psicanálise, enfatizando a intencionalidade inconsciente. Do segundo surge a Fenomenologia destacando a consciência intencional.
Husserl cria o método fenomenológico, que não pretende ser dedutivo, nem empírico, consistindo na descrição do fenômeno, tal como ele se apresenta, sem reduzi-lo a algo que não aparece. Considera como fundamental a relação. Epistemologicamente, opõe-se à visão de sujeito e objeto isolados, passando a considera-los como correlacionados, já que a consciência é sempre intencional.
A escolha pelo método fenomenológico pode parecer estranha. O método pode até ser questionado com relação à sua cientificidade. Nas palavras de Gil (1995), estudioso dos métodos da ciência: "a adoção do método fenomenológico implica uma mudança radical de atitude em relação à investigação científica. Por essa razão é que embora muito comentado, o método fenomenológico não vem sendo muito empregado na pesquisa social" (p.33).
A psicologia fenomenológico-existencial propõe a aplicação do método fenomenológico aos princípios existenciais constantes da realidade concreta.
A proposta existencialista inicia-se nas reflexões de Kierkegaard sobre a existência, que se opunham a toda filosofia racionalista, principalmente a Hegel, cujo interesse residia no homem abstrato, cuja vivência caberia num sistema explicativo e absoluto. Kierkegaard afirma a existência concreta, onde a verdade é construída na vivência de cada homem, portanto sendo impossível ser abarcada por um sistema.
Heidegger vai ser o primeiro a empreender a tarefa de aplicar o método fenomenológico aos princípios existenciais propostos por Kiekegaard, entre eles: a verdade, a liberdade, a angústia, o desespero, a solidão e a decisão.
Na psicologia foi Rollo May (1954), quem em seu livro Existencia primeiro sistematizou as idéias dos fenomenólogos tais como Binswanger, Medard Boss e outros, bem como explicitou a proposta da psicologia existencial como um enfoque capaz de lançar luz sobre uma maior compreensão da existência humana. A psicologia fenomenológico-existencial constitui-se numa tentativa de refletir e propor soluções às questões da vida cotidiana. Neste aspecto tem como pretensão não só a reflexão, como também extrair daí uma praxis.

MAY, Rollo; Ellenberg. Existencia. Madrid, Gredos, 1954.
BRENTANO, Franz. Psychologie du point de vie empirique. Paris, Montaigne, 1944.
HUSSERL, Edmund. A idéia da Fenomenologia. Lisboa, Edições 70, 1958.
GIL, Antônio C.. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo, Atlas, 1995.

Autora: Ana Maria Lopez Calvo de Feijoo (CRP 05/2834), Doutora em Psicologia pela UFRJ, Mestre em Psicologia da Personalidade pela FGV/ISOPE, Especialista em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia Fenomenológico-Existencial do Rio de Janeiro – IFEN, Sócia Fundadora, Presidente, Responsável Técnica, Professora, Supervisora e Orientadora de monografia do Curso de Especialização em Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia Fenomenológico-Existencial do Rio de Janeiro – IFEN e Professora adjunto da Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ. Autora de livros, capítulos e artigos na abordagem fenomenológico- existencial. Atua como Psicóloga Clínica na perspectiva fenomenológico-existencial.

Fonte: IFEN
*A publicação foi autorizada pela autora.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Uma perspectiva diferente para a Psicologia


 

A Clínica Fenomenológico Existencial


Há outro paradigma de atuação psicoterápica, outra forma de atuar comprometida com a integridade do Ser Humano, centrada na abertura de possibilidades para aquele que padece em suas angústias, que sofre em sua luta por compreensão, acolhimento e libertação. Sobre esta outra forma de pensar a psicoterapia Feijóo (2000) propõe a psicologia com uma postura fenomenológica e afasta-se das psicologias científicas, mas não perde a possibilidade de atuação prática. E ainda diz:


A Psicologia Fenomenológica visa a descrever com rigor, e não deduzir ou induzir; mostrar e não demonstrar, explicitar as estruturas em que a experiência se verifica e não expor a lógica da estrutura; por fim, deixar transparecer o aparente por aquilo que não se mostra.
(FEIJOO, A. p33, 2000)

Com o passar das décadas a Psicologia adere aos novos paradigmas do pensamento pós-moderno, que se caracterizam pelo livre dialogo entre os diferentes saberes filosóficos, políticos e sociais, onde o que está implicado é o sujeito, sua fala e seus sintomas. Esta visão nos aproxima da proposta Fenomenológico-Existencial empregada por Feijóo (2000), que baseando nos filósofos Sören Kierkegaard, Edmund Husserl e Martin Heidegger, apresenta-nos uma clínica preocupada com a escuta e a fala do sujeito tal como estas se apresentam, sem a implicação de arcabouços teóricos ditados a priori e que possam mascarar o verdadeiro sentido do discurso.
O que aprendemos com esta proposta é que implicando o sujeito na sua fala e nos seus sintomas, evocamos um pensar mais próprio sobre o seu mal-estar e o auxiliamos a assumir a responsabilidade das condições de sua existência. Ou seja, independente da forma como este lida com a sua própria vida, o que consideramos é que esta é a forma como ele consegue se relacionar com o mundo. Tal ética é a que permeia esta proposta.
A prática nos convoca a “ir onde o outro está”, para pensarmos juntos suas angústias e sofrimentos e para que aquele que nos busca possa sentir-se acolhido e assim possamos implicá-lo na construção de um projeto terapêutico.
O que se pretende é reconhecer o sujeito como pessoa e não enquanto teoria, e acolhe-lo nos responsabilizando com o que escutamos e com o que falamos. A escuta está centrada na particularidade subjetiva que o sujeito nos traz. O que trabalhamos (indo onde o outro está, assim como Kierkegaard com as obras estéticas) é a posição do sujeito frente sua queixa e como ele pode transformá-la, tirando-o do lugar de passividade e impotência frente sua própria vida e suas próprias escolhas. O que queremos é que o sujeito se aproprie de suas escolhas e aceite consciente tudo o que vem com ela.
Esta prática clínica rompe com a idéia de diagnóstico pronto e precipitado seja ele qual for (medicações, laudos, etc.) e passa a questionar a queixa considerando a subjetividade do paciente a fim de descortinar um campo de possibilidades de escolhas. Para tanto, Feijóo (2000) nos apresenta da seguinte forma:

[... pensar a psicoterapia em termos do próprio existir. Não se trata aqui de pensar o homem a partir de formulações teóricas, que postulam o existente em um sistema explicativo e determinado ou como uma filosofia idealista. Neste percurso, substituíram-se os sistemas científicos e as teorias que consideram o homem a partir de uma construção em si mesmo pelos fundamentos fenomenológicos, pela filosofia da existência e pela hermenêutica.
Nesta visão, o homem constitui-se como abertura, como possibilidade de estar-no-mundo em sua cotidianidade mediana, imprópria e impessoal e, ao mesmo tempo, própria e singular. Portanto não é tomado como encapsulado, fechado em si mesmo, em termo de uma subjetividade, tal como é criticada por Heidegger...] (FEIJOO, A. p.97, 2000)


Referência Bibliográfica:
FEIJOO, A. M. L. C. de. A escuta e a fala em psicoterapia: uma proposta fenomenológico-existencial. São Paulo: Vetor, 2000.

Para quem procura um local referência aqui no RJ com profissionais dessa linha de trabalho, eu indico sem medo o IFEN - Instituto de Psicologia Fenomenológico Existencial

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Qual a diferença entre Psicologia, Psicanálise e Psiquiatria?


Qual a diferença entre Psicologia, Psicanálise e Psiquiatria?



É muito comum surgirem dúvidas que se referem à diferença entre a Psicologia, a Psicanálise e a Psiquiatria. Por esse motivo, vamos esclarecer de forma sucinta algumas diferenças entre esses três saberes.

A Psicologia é a ciência que estuda os aspectos emocionais, cognitivos e comportamentais do ser humano. São diversas as abordagens psicológicas existentes, cada uma com sua proposta de entendimento do homem e do mundo. De acordo com cada abordagem são estabelecidas as técnicas e os conceitos que serão trabalhados no processo psicoterapêutico. Podemos citar como exemplos de abordagens a fenomenológico-existencial, a gestalt-terapia, a terapia cognitivo-comportamental (TCC). O profissional pode atuar em várias áreas, como por exemplo: a clínica, a educacional e a organizacional.

A Psicanálise é a teoria criada por S. Freud para explicar o funcionamento psíquico do homem, tomando como ponto de partida o inconsciente, portanto muito mais do que o comportamento em si, a Psicanálise busca o significado, a trama imaginária, implícito nesse comportamento. Essa teoria surge paralelamente à Psicologia, delimitando marcações claras entre ambas. Enquanto formação, a Psicanálise não é oferecida como curso universitário, mas como uma especialização, onde qualquer profissional que tenha nível universitário pode fazer essa opção. Encontramos frequentemente psicólogos, psiquiatras, neurologistas, fonoaudiologistas com essa formação.

A Psiquiatria é uma especialidade da Medicina, pré-existente à Psicologia e a Psicanálise. O profissional dessa área necessariamente é um médico que está habilitado para cuidar de doenças mentais. Utiliza-se do modelo médico no processo de diagnóstico e tratamento e tem autonomia para receitas medicamentos


terça-feira, 6 de maio de 2014

Por que fazer Terapia


Porque fazer terapia

Este post foi retirado do blog: "Desconstruindo a mãe" e nos parece bem legal para se exemplificar a importância de se fazer terapia. espero que gostem!



Já comecei a fazer terapia algumas vezes. No início é uma coisa meio esquisita, falar de coisas íntimas com alguém que não tem nada a ver com qualquer coisa que tenha vivido, não conhece os detalhes das minhas histórias nem os personagens, mas também alguém que não deixará ser conhecido a não ser profissionalmente.

E aí, já abandonei algumas vezes, como parte do meu eterno processo de desejar estar no controle da situação. Daquela coisa incontrolável de tentar fazer tudo certinho, de conseguir fazer algo funcionar bem, de ser aprovada e também de me aprovar, de conseguir superar as próprias expectativas.
Mas pela primeira vez estou parando pra pensar no que é minha carga, no que é cobrança dos outros ou o que eles pensam de mim e se isso deve ser preocupação minha... Ok, tem coisas que qualquer um dos bons amigos já deve ter dito e eu devo ter ouvido, mas não consgui praticar.
Se colocar como prioridade pra quem sempre colocou os outros à frente de si mesma parece um crime, um pecado; é realmente complicado de fazer. Mas não deve ser impossível, só que pode ser bastante sofrido. Até porque a gente cresce internalizando que ser mãe é padecer no paraíso... Olha que absurdo!

Ser mãe tem suas demandas, batalhas, situações-limite, barreiras e conflitos com certeza, mas não deveria ser sinônimo de sofrimento, de abrir mão da própria felicidade, privacidade ou de viver coisas bacanas.
Tem gente que ama; tem pessoas que confundem amar com não querer ficar sozinho, com medo ou proteger tanto os seres amados que chegam a sufocar. Não quero estar entre os últimos. Mas sei que posso fazer isso e me tornar autoritária.

Pensar a respeito dos comportamentos que não são bacanas, que boicotam relacionamentos, que são repetições do que aprendemos com exemplos ou que temos porque é a forma que encontramos para nos sentirmos aceitos...

Por outro lado, temos coisas bacanas que nem percebemos, que desvalorizamos ou banalizamos, que não conseguimos perceber e que às vezes precisamos dizer para nós mesmos. E aí entra a terapia. Pra que consigamos dizer pra nós mesmos, direcionados pela competência de um especialista em sentimentos(!), aquilo que estamos precisando urgentemente ouvir pra podermos crescer.

Tem horas em que questiono tudo isso e tenho vontade de sair correndo, porque é a minha prepotência dizendo que consigo dar conta de tudo e de todos. Que abraçando o mundo eu me sinto melhor, uma pessoa boa, um ser mais "humano".

Pensar nas coisas da gente é egoísmo? - Acho que estou aprendendo aos pouquinhos que não...
*A autora do post nos autorizou colocá-lo aqui. Por isso retirei do meu antigo blog (que não está mais no ar e postei no meu blog novo)


segunda-feira, 5 de maio de 2014

Desejos




Desejo nada e desejo um monte de coisas.
Desejo ver meus filhos GRANDES HOMENS.
Desejo criá-los e na velhice ter aquele gostinho de dever cumprido.
Desejo trabalhar muito, ler muito, emagrecer.
Desejo rezar mais, ser menos preguiçosa, ser mais paciente.
Desejo não desejar tantas coisas.
Desejo que os momentos bons se eternizem.
Desejo que o tempo pare.
Desejo voltar no tempo e concertar algumas coisas.
Desejo morrer e ir para o céu.
Desejo me sentir amada sempre.
Desejo me casar com Matt Dammon,
Ou com Christopher Meloni ou com Mark Walhberg... (brincadeirinha!!)
Desejo poder ver o sorriso maroto dos meus filhos todos os dias.
Desejo comer muito chocolate e não engordar.
Desejo ter mais amigos.
Desejo nunca deixar de sonhar.
Desejo conseguir não dormir para ler mais e estudar mais.
desejo virar uma noite lendo sem ter que acordar cedo no outro dia.
Desejo ganhar na mega sena sem jogar.
Desejo conhecer a França, a Itália e a Inglaterra.
Desejo que a vida seja um filme com trilha sonora e tudo.
Desejo que todos que eu amo sejam felizes.
Desejo nunca esquecer de rezar o Terço
Desejo ter ao menos um filho Padre.
Desejo a Santidade para Deus.
Desejo ser Humana.
Desejo TUDO que é possível e o que é impossível!
Mas, se for muito...Desejo só poder acordar todos os dias
E viver sempre um dia de cada vez!
 Ou então... Não desejo nada, o que Deus quiser me dar está bom!
Ops! Desejo que Deus deseje só o que é bom para mim.
Desejo! Não tem jeito! Sou humana e um ser de desejos.

domingo, 4 de maio de 2014

A Falta que faz uma capa...


Uma historinha de amor entre amantes da Literatura. Nada de mais, deve acontecer por aí o tempo todo.
     Fim de noite, sexta-feira, a cidade já está quase vazia. Um cara está sentado no metrô –vou contar a história com metrô porque é mais charmoso, mas pode ser no ônibus, na lotação, na perua escolar, sei lá–, cansado depois de um dia de trabalho. Almoçou mal, correu o dia inteiro, teve que ficar na hora extra e perdeu o happy hour com os amigos, essas coisas. Os passageiros em volta deviam ter passado por um dia igual, o vagão todo estava meio apagado.
     Aí então o vagão se ilumina. O vagão se ilumina e não foi porque uma lâmpada preguiçosa que estava apagada decidiu acender, foi porque uma garota acabou de entrar. Bonita na medida, bem vestida, charmosa, com um meio sorriso e uma bolsa colorida de bolinhas. Ela –destino, destino– decide sentar-se ali, de frente para ele.
     Então, a garota abre a bolsa e...

Versão analógica
     ... tira um livro lá de dentro. Nosso amigo reconhece as cores, a foto, o título. A sorte acaba de sorrir para ele: os dois estão lendo o mesmo livro.
     Ele procura rápido na mochila e saca o livro também, faz questão de segurar de um jeito que todos possam ver a capa. A garota levanta os olhos, curiosa, para ver o que ele está lendo e... Bingo! O meio sorriso vira um sorriso inteiro. É a deixa.
     Os dois conversam, ele troca para o banco dela, acaba descendo uma estação antes só para acompanhá-la até em casa. No dia seguinte foram à livraria ver as novidades, passaram o fim de semana juntos e o resto vocês já sabem: acabaram juntando as bibliotecas e vivendo felizes para sempre.

Versão digital
     ... tira um Kindle lá de dentro. Ela está lendo o mesmo livro que ele, mas nosso amigo não tem como saber: só vê a parte de trás do aparelhinho.
     Sem saber como puxar papo, ele saca da mochila o iPad, para passar o tempo. A garota levanta os olhos, curiosa, para ver o que ele está lendo e... Só vê uma estampa de maçã. O meio sorriso continua meio. Nada de deixas.
     Não conversam. Ela desce numa estação, ele fica na seguinte. No dia seguinte, cada um baixou um livro novo, cada um na sua casa, e o resto vocês já sabem: passaram o fim de semana na Internet. Além do mais, nem daria para juntar as bibliotecas mesmo, porque tem arquivo que nem é compatível. 

PS: recebi por email, mas o texto é de Bruno Palma e Silva (http://acepipesescritos.blogspot.com)

sábado, 3 de maio de 2014

Você tem medo de que?


Algumas pessoas quando são jovens tendem a não ter medo de nada, especialmente os adolescentes. Eu era assim! Adolescente destemida, andava na rua nas madrugadas, as vezes, sozinha. Não me preocupava. Mas eram outros tempos.

Porém, quando eu tive o meu primeiro filho, muitos medos começaram a aparecer, especialmente o medo de morrer. Foi a primeira vez em que eu pensei, que se eu não podia morrer nova. Afinal, tinha uma vida que dependia de mim, (hoje não tenho uma mas, duas vidas que dependem de mim). E afinal quando a minha mãe morreu, eu era uma menininha de 8 aninhos.

Desde que me tornei mãe, fiquei muito medrosa. Tenho medo de morrer enquanto meus filhos forem pequenos e deixá-los desamparados, pois eu sei na carne o tamanho da dor que é uma criança perder a mãe.

Tenho medo de que algo aconteça com meus filhos, porque não suportaria a minha vida se eles não estivessem comigo. Não sei se alguém daquele comercial no qual a mãe protege o filho todo para ele não se machucar!! Pois é, quase fiz aquilo. É sou super protetora sim! Na verdade existe uma grande luta interna em deixar que eles vivam certas coisas para que ganhem escopo interior e tornem-se pessoas independentes. 

O tempo todo quero protege-los, como se eu fosse estar sempre ali. Até aquela falsa idéia de que eles estiverem comigo nada vai lhes acontecer. Como mãe é boba!! A verdade é que isto não é garantia de nada. quando chegar a hora, minha ou deles, nada poderei fazer!

Bom mas, voltando aos medos...
Tenho medo de escuro e de barata
Tenho medo de tudo quanto é bicho que não seja fofinho e bonitinho
Tenho medo de não ser uma boa mãe.
Tenho medo de terminar minha vida sem amigos.
Tenho medo da violência que me cerca e por isso não dirijo mais, raramente me aventuro a noite.

Quando eu era criança tinha medo de me machucar, então era uma criança calma!Nunca caí de bicicleta, para não me machucar! Hoje ainda tenho medo de me machucar, mas não é só fisicamente, porque no íntimo de nós mesmo, quando se abre uma ferida, muitas vezes não há remédio que cure.

Tenho medo de não conseguir me sustentar. 
Tenho medo de ter Mal de Alzheimer e por causa da doença esquecer daqueles que eu mais amo, especialmente meus filhos.
Tenho medo de ficar velha e não poder mais andar por causa da minha artrose.
Tenho medo de ficar velha e sozinha.
Tenho medo de morrer e não poder ver Jesus face a face.

O medo de uma certa forma (desde que não seja patológico) é bom, porque faz parte do nosso instinto de sobrevivência e é o que nos permite saber até onde devemos ir, nos faz testar nossos limites e a reconhecer nossos limites. O medo nos lembra de o quanto somo finitos e que agora estamos aqui, amanhã podemos não estar mais. O medo é ruim sim, mas é bom também.

E você tem medo de que?

sexta-feira, 2 de maio de 2014

O Velho e o Mar

As vezes passamos tanto tempo adiando algumas leituras, e nem percebemos a oportunidade que deixamos passar de ler um bom livro!

Numa blogagem coletiva dessas que participei no passado, contei como escolhia os livros que eu leio: geralmente de cabeça torta vou olhando a minha biblioteca e espero que o livro me escolha. Mas, com essa onda blogueira de metas de leituras eu mudei a estratégia e comecei a selecionar o que eu leria. Isso me fez adiar algumas leituras que até então eu estava mais a fim de ler.
Voltei a antiga estratégia, mas escolhendo os livros da minha meta. E deu SUPER certo!!!
Em apenas uma manhã de folga li um autor que eu nunca tinha lido, num livro que eu adiei por demais. Este livro é "O velho e o mar" de Ernest Hemingway.

É simplesmente uma delícia de se ler! Em umas 3 horas eu li o texto, tão simples e tão atraente, simplesmente não conseguia me desprender do livro!
Então fica aí a dica de leitura pra quem tem pouco tempo ou cabeça cheia para longas jornadas literárias!

Uma coisa é certa: Não dá para ficar sem ler nada!!!!



"A leitura é a viagem de quem não pode pegar um trem." (Francis de Croisset)

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Como não me apaixonar?


Como não me apaixonar??!!
Foi o livro mais bonito do Nicholas Sparks que li e o mais profundo. Nicholas Sparks tem um dom, uma capacidade de nos levar longe nos lugares por onde o romance acontece. Consegue nos fazer rir e chorar com os personagens do livro e consegue traduzir em palavras LINDAS, os mais complexos sentimentos humanos. Esse livro é tudo isso!!! E eu TOTALMENTE indico esse livro para os corações mais sensíveis e humanos que existir.



"E, por um momento fugaz, uma minúscula fagulha de tempo que paira no ar feito vagalumes nos céus de verão, ela se perguntou se não estaria outra vez apaixonada por ele." (Allie)

" E aprendi o que para uma criança é óbvio. Que a vida é simplesmente uma coleção de pequenas vidas, cada uma vivida um dia de cada vez. Aprendi que devemos viver cada dia encontrando beleza nas flores e na poesia e conversando com os bichos. Que não a nada melhor do que um dia com sonhos, pores do sol e brisas refrescantes. Mas, acima de tudo, aprendi ue a vida é me sentar em bancos junto a riachos antigos com a mão sobre o joelho dela, e às vezes, nos dias bons, me apaixonar." (Noah)


Ah! O filme também é excelente, não perde nada, vale a pena ler o livro e ver o filme, não necessariamente nessa ordem. Bem, em qualquer ordem vale a pena!!!!
O que não vale é deixar de sonhar!!

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Dica para o Feriado





Minha dica para esse feriado: Que tal colocar a leitura em dia??!!

O Trecho que jamais me esquecerei - O Pequeno Príncipe


"Como o principezinho adormecesse, tomei-o nos braços e prossegui a caminhada. Estava emocionado e tinha a impressão de carregar um frágil tesouro. Parecia-me mesmo não haver na terra nada mais frágil. Observava, à luz da Lua, aquele rosto pálido, seus olhos fechados, suas mechas de cabelo se agitavam com o vento. E pensava: "Oque eu vejo não passa de uma casca. O mais importante é invisível..."
Como seus lábios entreabertos esboçassem um sorriso, pensei ainda: "O que tanto me comove nesse príncipe adormecido é sua fidelidade a uma flor; é a imagem de uma rosa que brilha nele como a chama de uma lamparina, mesmo quando ele dorme..."  E eu então o sentia ainda mais frágil. É preciso proteger a chama com cuidado: um simples sopro pode apagá-la!
E continuando a caminhada, eu descobri o poço, ao raiar do dia." (O Pequeno Príncipe - p. 78)

terça-feira, 29 de abril de 2014

Citação - Edith Stein



“O corpo e a mente do homem estão equipados para a luta e a conquista segundo sua vocação original de submeter a terra e de tornar-se seu senhor e rei. Nele atua o impulso de sujeitá-la pelo conhecimento e assim apropriar-se dela pelo espírito, mas de adquiri-la também como posse, com os prazeres que ela tem a oferecer e, finalmente, de transformá-la em sua própria criação pela ação transformadora. (…) Quando a vontade de conhecer se revela forte e quando empenha todas as suas forças para satisfazê-la, vê-se na contingência de ter de renunciar amplamente às posses e ao desfrute dos bens da vida; quando coloca a sua vida a serviço de posses e prazeres, aproxima-se menos do conhecimento puro (…). Quando se dedica totalmente à criação de um pequeno mundo pela ação formadora (…) acaba relegando a um segundo plano o conhecimento puro e a alegria dos bens da vida. Em cada um desses campos por sua vez, o desempenho individual é tanto mais perfeito quanto mais limitada a área de ação. Desta maneira, é justamente o desejo da realização mais perfeita possível que leva à uniteralidade e ao atrofiamento de grande parte das suas possibilidades.” Edith Stein (A mulher: sua missão segundo a natureza e a graça, 2, II (EDUSC 1999, pág. 88)

Curiosidade sobre a Russia e Dostoiévski



Texto retirado de: DOSTOIÉVSKI, F, 1821-1881. O Adolescente; adaptação e apêndice Diego Rodrigues; ilustrações Renato Alarcão.- São Paulo: Cia das Letras, 2010.

"SOBRE NOMES E APELIDOS RUSSOS

Os russos costumam ter três nomes: o de batismo, o patronímico e o de família. O patronímico se forma a partir do nome do pai, com sufixos diferentes para gênero masculino e feminino. De modo geral, os filhos recebem o nome do pai com a terminação "itch", e as filhas, com a terminação "ovna" ou " evna". O pai adotivo de Arkádi (personagem principal do livro) se chamava Makar, por isso seu nome é Arkádi Makárovitch. A irmã de Arkádi - Elisaveta, apelidada de Lisa - também recebeu o nome do pai adotivo; seu nome é Elisaveta Makárovna. Já Ana, meia-irmã de Arkádi e Lisa, é filha oficial de Andrei Versílov, por isso se chama Andréievna.
No séculos VXI, o uso do patronímoco era habitual em Portugal, o que deixou marcas nos sobrenomes na nossa língua até hoje. Rodrigues é filho de Rodrigo, Nunes é filho de Nuno, Esteves é filhos de Estevão. O mesmo uso havia na Espanha (Rodríguez, Nuñez, Estévez).
Quando se faz uma referência ao nome da família no plural, geralmente se acrescenta um "i" na transliteração em português - por exemplo, para se referir à família de Versílov, usa-se " os Versílovi".
Os russos são muito carinhosos no tratamento: parentes e amigos frequentemente chamam um ao outro pelo apelido. Elisaveta é chamada de Lisa; Sófia, de Sônia, e Arkádi por vezes é chamado de Arkacha. Também são usados diminutivos, como mamienhka, que vem de " mamãe". Nas relações de trabalho e em conversas mais formais, as pessoas costumam ser chamadas pelos dois primeiros nomes; o nome completo só é utilizado em ocasiões jurídicas e muito formais." (p. 13-14)

Legal né??!!

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