sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Sobre a formação integral do cristão leigo

Fonte: João Paulo II. A vocação e missão dos leigos na Igreja e o mundo - Exortação Apostólica de João Paulo II - Christifideles Laici. Paulinas: São Paulo, 2009.



"Não pode haver na sua existência duas vidas paralelas: por um lado, a vida chamada « espiritual », com os seus valores e exigências; e, por outro, a chamada vida « secular », ou seja, a vida da família, do trabalho, das relações sociais, do empenhamento politico e da cultura. A vide, incorporada na videira que é Cristo, dá os seus frutos em todos os ramos da actividade e da existência. Pois, os vários campos da vida laical entram todos no desígnio de Deus, que os quer como o « lugar histórico », em que se revela e se realiza a caridade de Jesus Cristo para glória do Pai e ao serviço dos irmãos. Toda a actividade, toda a situação, todo o empenho concreto — como, por exemplo, a competência e a solidariedade no trabalho, o amor e a dedicação na família e na educação dos filhos, o serviço social e político, a proposta da verdade na esfera da cultura — são ocasiões providenciais de um « contínuo exercício da fé, da esperança e da caridade ».

O Concílio Vaticano II convidou todos os fiéis leigos a viver esta unidade de vida, ao denunciar com energia a gravidade da ruptura entre fé e vida, entre Evangelho e cultura: « O Concílio exorta os cristãos, cidadãos de ambas as cidades, a que procurem cumprir fielmente os seus deveres terrenos, guiados pelo espírito do Evangelho. Erram os que, sabendo que não temos aqui na terra uma cidade permanente, mas que vamos em demanda da futura, pensam que podem por isso descuidar os seus deveres terrenos, sem atenderem a que a própria fé ainda os obriga mais a cumpri-los, segundo a vocação própria de cada um ... O divórcio que se nota em muitos entre a fé que professam e a sua vida quotidiana, deve ser tido entre os mais graves erros do nosso tempo ».(212) Por isso, afirmei que uma fé que não se torne cultura é uma fé « não plenamente recebida, não inteiramente pensada, nem fielmente vivida »".

Um comentário:

  1. Realmente a fé verdadeira, vivida, há de refletir nos nosso assuntos mais corriqueiros, como também em nossas decisões como cidadãos, isso, claro, respeitando a liberdade religiosa alheia. Às vezes pode haver conflito, mas nada que o amor fraterno não possa superar, não é mesmo?
    Beijo na alma, Amica!

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