segunda-feira, 5 de abril de 2010

Ressuscitou!!! Aleluia!!!

O Senhor ressuscitou verdadeiramente!


Surrexit Dominus vere! Esse é o canto que brota da alma de todos os filhos da Santa Igreja há mais de dois mil anos, e que vem à tona principalmente neste tempo litúrgico da Páscoa: O Senhor ressuscitou verdadeiramente! Sim, a morte não teve a última palavra: “Onde está, ó morte, a tua vitória?” (cf. 1 Cor 15, 55). Tudo aquilo que o Filho do homem revelou-nos, estando em meio a nós, é verdade!
Já consideraste alguma vez a sério o que proferes com os lábios cada vez que afirma esta verdade de fé na recitação do Credo Apostólico: “ressuscitou ao terceiro dia”?
Ao realizar esta afirmação, comprometemo-nos com a fé a aceitar uma verdade que desafia uma certeza absoluta, compartilhada por todos os homens, a certeza de que todos nós morreremos um dia. Crentes, ateus, agnósticos, todos – sem exceção – afirmam sem hesitar a respeito do limite de nossa vida aqui na terra. Parece-nos evidente que esta vida não dura para sempre.
No entanto, nós cristãos, ousamos afirmar que a morte não tem a última palavra. De onde parte esta ousadia? Afirmamos tal realidade apoiando-nos firmemente no conhecimento de que um homem – Deus e homem verdadeiro – superou a morte, justamente para mostrar-nos que ela não tem a última palavra.
A veracidade da ressurreição histórica de Jesus é o tema central da pregação dos apóstolos. É um tema tão importante para nossa fé, que São Paulo chegou a utilizar essas fortes palavras: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (I Cor 15,14). Chamamos histórico a este acontecimento porque existem suficientes sinais para afirmar que verdadeiramente aconteceu. A ressurreição do Senhor não consiste, como querem alguns, numa nova consciência que os discípulos tiveram de Jesus. Tampouco é um símbolo, mas uma realidade fática, que ocorre um marco preciso e determinado do espaço, embora transcenda infinitamente a mesma história.
A realidade da ressurreição do Senhor não só confirma a veracidade de tudo o que ensinou, mas também é causa de nossa salvação. Assim como em Adão todos morrem, assim em Cristo, o novo Adão, todos reviverão (cf. I Cor 15,22). Aqui se aplica com rigor o que se afirma da solidariedade de Cristo com cada homem. A sua ressurreição é prenúncio da nossa.
E, como é consolador saber que a morte não é o fim de tudo. Como é animador para nós saber que temos acesso à essa vida maravilhosa a qual todos nós aspiramos, onde teremos todos nossos desejos mais sublimes plenamente saciados!
Porém não podemos esquecer-nos desta verdade não menos fundamental de nossa fé – e, aqui também a liturgia é uma grande pedagoga: não podemos gozar da alegria sem fim da ressurreição sem antes passarmos pela grande quaresma desta vida acompanhando todos os passos do Senhor. Não se pode viver a glória do Tabor, sem antes passarmos pela ignomínia do Calvário. Em outras palavras: devemos estar dispostos a seguir em nossa vida de cristãos os mesmos passos de Nosso Senhor, para, com Ele, gozar de Sua glória.
Tenhamos sempre diante dos olhos o prêmio que nos espera, se Lhe formos fiéis. Essa esperança no Céu, que nos alcançou o Senhor com sua morte e ressurreição, será para nós estímulo diante dos sofrimentos que nos esperam neste mundo. Essa é a nossa certeza: “se morremos com Cristo, cremos que viveremos também com ele” (Rm 6,8).

Pe. Demétrio Gomes da Silva

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