sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Blogagem Coletiva - AUTO-ESTIMA/ AMOR PRÓPRIO

* Esta Blogagem faz parte do Blogagem Coletiva de Café com Bolo


Vou começar com uma coisa mais técnica e depois vou as minhas divagações.

Em psicologia, autoestima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau (Sedikides & Gregg, 2003).

A autoestima envolve tanto crenças autossignificantes (por exemplo, "Eu sou competente/incompetente", "Eu sou benquisto/malquisto") e emoções autossignificantes associadas (por exemplo, triunfo/desespero, orgulho/vergonha). Também encontra expressão no comportamento (por exemplo, assertividade/temeridade, confiança/cautela). Em acréscimo, a autoestima pode ser construída como uma característica permanente de personalidade (traço de autoestima) ou como uma condição psicológica temporária (estado de autoestima). Finalmente, a autoestima pode ser específica de uma dimensão particular (por exemplo, "Acredito que sou um bom escritor e estou muito orgulhoso disso") ou de extensão global (por exemplo, "Acredito que sou uma boa pessoa, e sinto-me orgulhoso quanto a mim no geral").

O nível e a qualidade da autoestima, embora correlacionados, não são sinônimos. A autoestima pode ser elevada, mas frágil (por exemplo, narcisismo) e baixa, porém segura (por exemplo, humildade). Todavia, a qualidade da autoestima pode ser indiretamente avaliada de várias formas: (I) em termos de sua constância através do tempo (estabilidade), (II) em termos de sua independência ao se apresentarem condições particulares (não-contingência), e (III) em termos de quão entranhada ela esteja num nível psicológico básico (inquestionabilidade ou automaticidade)..
FONTE: Wikipedia

Hoje acho muito excessivo aparecerem pessoas com problemas de auto-estima e amor próprio. Os apelos aos quais somos bombardeados dia e noite, noite e dia deixa qualquer um maluco.
Voce precisa ser, ter, comprar, se endividar se auto-mutilar para ser aquilo que dizem que é o certo e vc desde pequeno houve aquilo e assume como tal e aí pronto! Se vc não consegue atender aos apelos alheios, vai substituindo com superficialidades uma essência que vc nem sabe que tem, um eu mais próprio que muito nem cogitam ser.
Estes dia estava vendo Gugu, e ele estava apresentando pessoas que ficaram mutiladas por fazerem cirurgias plásticas com qualquer um ou excessivamente e além de ficarem MEDONHAS, quase morreram, foram cenas verdadeiramente chocantes! Então ele entrevistou uma filha amada de Deus que colocou toda a sua vida nos seus seios. Aumentava e aumentava os mls das próteses com o objetivo de ser o maior peito brasileiro no Guiness. Ela tinha muito peito 3.500ml em cada peito. São 7kg de airbag. Óbvio que teve complicação está quase perdendo TUDO, os médicos fazem a última tentativa de conter a infecção, para poder pelo menos diminuir as próteses.
Me pareceu tudo tão exterior, tive compaixão dela. Porque ela era e é os seios, sem os seios não era feliz. E agora corre o risco de ter menos peito que o Gugu como ela mesmo disse. Ela teve "peito" para se sujeitar aos apelos do modelo dito bonito de ser e de ter, mas não teve "peito" para olhar para si mesmo e ver que estava ultrapassando os limites do corpo e do bom senso. Parecia que ela havia aprendido a lição, mas é uma verdadeira pena ver uma mulher linda ter que aprender desta forma. A culpa é dela? Penso que sim e que não.
O tempo todo nos recebemos mensagens subliminares ser o que ser e o que ter. Mas nem todo mundo aguenta o tranco para não se sujeitar a isso. Faz a vida ser imensamente infeliz e difícil e ficamos numa posição de não poder julgar, mas de acolher aquele ser desfigurado internamente e as vezes, externamente para ajudar a se redescobrir como Ser e não como Objeto.
Este é o meu papel como psicóloga, como cristã e como humana e acho que é o de todos nós.
Penso nas crianças e seus pais frustrados que acabam dizendo o dito e o não dito de forma que aquela criança armazene muitas vezes informações que não são verdadeiras como: vc é feio, vc não serve para nada, vc nao sabe nada, vc é tão burrinho, vc não pode, vc isso e vc aquilo, e acabam deixando uma marca indelével que só com muita luta e batalha se pode reformular.
Me leva a pensar, O que estamos fazendo de nossos filhos, sobrinhos, netos? O que o homem é capaz de fazer com o outro semelhante? Quem é o homem e quem é o animal??
Afe!!! Já viajei demais.....a Glorinha está nos levando por terras inimagináveis e eu estou adorando!!!
bye

10 comentários:

  1. Cynthia, ótimo post! essas viagens inimagináveis são feitas a cada vez que olhamos pra nós mesmos! Beijos, espero que hj esteja melhor!

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  2. Cynthia,
    Alguns de nós nessa blogagem focou a questão da formação da autoestima das crianças. Também fui por esse caminho.
    Internalizar essas mensagens negativas e aceitar como verdadeiras é uma tristeza que não desejamos para ninguém.
    Bjs.

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  3. Oi Cynthia! Gostei muito do seu post! E, no final dele você fala dos pais. Fico pensando o quanto somos responsáveis pela imagem que nossos filhos fazem de si próprios aos olhos do mundo! Como é preciso encorajá-los, estimulá-los, ensiná-os a entender que uma derrota não é o fim da linha... Excelente, viu? Um beijo, Deia.

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  4. Olá,
    Gostei muito de ver, com atenção, seu Blog, só hoje pude observar, voltando de viagem.
    Esse tema é excelente! A integração do nosso ser é o que conta... para estarmos de bem com a vida e com os demais ao nosso redor.
    Bjs e ótimo fim de semana.

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  5. Olá Cynthia,
    Gostei muito da sua reflexão, é realmente uma pena o amor excesivo pelas futilidades do mundo e pouco por si próprio. Neste momento só compaixão mesmo como vc mesma disse.

    Beijos e bom final de semana.

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  6. Oi, Cyntia

    Agora que consegui chegar aqui.
    Muito reflexivo o seu texto. Devemos mesmo tomar muito cuidado com nossas crianças, mas também acho que devemos mediar entre o que é certo e o que é errado em nossos elogios, para não transformá-los em egocêntricos.
    Parabéns pelo texto. Os devaneios nos fazem muito bem.

    Bjs no coração!

    Nilce

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  7. Excelente e muito pertinente a sua participação.
    Querida, estou (já há algum tempo) tentando seguir o su blog mas o "botão" Seguir não aparece para mim.Verifique se tem algum problema.
    Beijinhos

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  8. Nossa, esse caso q vc citou, da mulher do peito gigante, é algo medonho.
    Mas realmente tem pais que parecem não ter amor por seus filhos. Sempre dirigem palavras agressivas, criticam qualquer coisa em seus filhos... colocam neles um sentimento de menos valia muito forte. Isso é triste, é lamentável.

    Muito do que somos vem de nossa educação. Principalmente nossa auto-estima. Se nos sentimos amados, temos mais base para construir uma personalidade melhor....

    adorei sua participação. Me desculpe a demora em comentar, hj pude ler com calma seu excelente texto.
    boa semana

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  9. Oi, Cynthia!
    Só estou vindo hoje de propósito, pois há tantos textos maravilhosos que alguns precisam ser lidos com calma. Do contrário não faz jus ao autor (a).

    É muito difícil julgar a atitude do outro, nesta questão de vaidade corporal (não é?), principalmente porque não podemos dizer se é falta de amor por si , ou um excesso adoecido.
    Há um texto acompanhado de fotos, rolando pela internet que diz que não há mulher feia, mas mulher sem dinheiro. Uma clara suposição de que, o correto é que ao se conseguir dinheiro, a
    mulher deve correr para uma clínica.
    Eu não sei, eu penso que nasci numa época muito além de mim. Fico deveras triste com essas reflexões, pois não me basta apenas constatar que estou bem, me safar e os outros que cuidem de si.
    Essas pessoas são meus semelhantes e convivem comigo no dia-a-dia!É muito ruim saber que somos uma gota d'água tentando apagar um incêndio.
    Chega, estou melancólica! Melhor dar uma aula de "arrebentar" para a mulherada se amar como são!
    Valeu esperar para ler seu post agora.A bsorvi bem o conteúdo.

    Beijos.

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  10. Oi,Cynthia!

    Tô chegando atrasada, rs

    Interessante seu texto e suas observações. E como, por falta de amor próprio, as pessoas tentam elevar a autoestima com artifícios exteriores que nada muda no interior, deixando-as cada vez mais vazias e ansiosas.
    O verdadeiro amor, creio eu, faz com que nos cuidemos, e nos protejamos contra as ciladas que o mundo oferece.

    Um grande abraço
    Socorro Melo

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