sexta-feira, 30 de julho de 2010

Blogagem Coletiva - MEDO


Algumas pessoas quando são jovens tendem a não ter medo de nada, especialmente os adolescentes. Eu era assim!
Porém, quando eu tive o meu primeiro filho, muitos medos começaram a aparecer, especialmente o medo de morrer. Foi a primeira vez em que eu pensei, que se eu não podia morrer nova. Afinal, tinha uma vida que dependia de mim, (hoje não tenho uma mas, duas vidas que dependem de mim).

Desde que me tornei mãe, fiquei muito medrosa. Tenho medo de morrer enquanto meus filhos forem pequenos e deixá-los desamparados, pois eu sei na carne o tamanho da dor que é uma criança perder a mãe.
Tenho medo de que algo aconteça com meus filhos, porque não suportaria a minha vida se eles não estivessem comigo. Sabe aquele comercial no qual a mãe protege o filho todo para ele não se machucar!! Pois é, quase fiz aquilo.
Tenho medo de não ser uma boa mãe.
Tenho medo de terminar minha vida sem amigos.
Tenho medo da volência e por isso não dirijo mais.

Quando eu era criança tinha medo de me machucar, então era uma criança calma toda vida! Hoje ainda tenho medo de me machucar, mas não é tanto fisicamente, porque no íntimo de nós mesmo, quando se abre uma ferida, muitas vezes não há remédio que cure.

Tenho medo de não conseguir me sustentar. 
Tenho não me firmar na carreira.
Tenho medo de ter Mal de Alzheimer e por causa da doença esquecer daqueles que eu mais amo, especialmente meus filhos.
Tenho medo de ficar velha e não poder mais andar por causa da minha artrose.
Tenho medo de morrer e não poder ver Jesus face a face.

O medo de uma certa forma (desde que não seja patológico) é bom, porque faz parte do nosso instinto de sobrevivência e é o que nos permite ficarmos mais tempo nessa terra, nos lembra de o quanto somo finitos e que agora estamos aqui , amanhã podemos não estar mais.


Enfim...Tenho medo porque sei que sou finita.

PS: Este post faz parte da Blogagem coletiva do blog Café com Bolo.

9 comentários:

  1. Cynthia, entendo esse teu medo, pois tb o tenho. Medo da finitude. De que essa vida é nossa e temos que aproveitá-la da melhor forma. Mas e se não dá pra aproveitar, como fazer? Ela passa, o tempo passa e não há o que fazer. Adoro a vida e ter que deixá-la um dia tb me dá um enorme medo. E principalmente não fazer o que queria ter feito. Bjs.

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  2. Amilca
    Acho que todos nós temos muitos medos enraizados, mas alguns conseguimos enfrentar e outros já são mais difíceis. Eu passei por esse medo quando meus filhos eram pequenos. Tinha muito medo de morrer; mas hoje que são crescidos, vou dizer que só mudou o tipo de medo. Hoje, fico aflita quando saem da faculdade à noite até chegarem em casa, quando chegam, tenho medo quando abrem o portão para entrar. Não tem jeito. Acho que com os filhos o medo é dobrado.
    Mas temos que viver e tentar superar, pelo menos alguns.
    um beijo

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  3. Mães, só não sabe quem não é. E quando os filhos crescem, os medos crescem junto. Nunca mais se relaxa por inteiro. Infância, ô saudade, aquela confiança absoluta nos pais!...
    Mas, amiga, isso tudo é o que torna a vida tão desejável. No filme Tróia, há uma passagem em que Áquiles fala para a sacerdotisa troiana que, os deuses invejam os humanos porque eles vivem tudo intensamente, pois sabem que irão morrer.

    Você ainda expressa aquela calma da infância. Sente-se de longe.

    Um beijo no seu coração!

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  4. Olá Cynthia,
    Vim pela blogagem coletiva e gostei muito do seu post pois me identifiquei com muitos dos seus medos. Não gosto de senti-los mas penso que podemos tirar bons proveitos deles para aprender com cada sentimento que nos assusta mas nos ensina a viver um dia de cada vez,

    Prazer!
    Abraços
    Françoise

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  5. Olá
    Estou também na coletiva e vim conhecer o seu texto.
    Os medos que cita, principalmente em relação aos filhos, penso que é compartilhado com todas as mães. Inclusive, o que ouvimos sempre: "depois que os filhos nascem acaba-se o sossego".
    Enfim, todos temos nossos medos, só não podemos paralisar, não é mesmo?
    bjs

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  6. Cíntia,
    Eu sei como é este medo, mas imagino que seja porque agora sabemos o que é o verdadeiro amor, pois só quem ama tem medo de perder, medo do desconhecido, de que algo de mal aconteça a nós ou a algum dos nossos queridos.
    um grande beijo carioca

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  7. O melhor mesmo é viver a vida. O ser humano foi feito para enfrentar o medo. Chama-se a isso 'carma'.

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  8. Oi, Cynthia!

    Vim aqui pra te conhecer, graças a blogagem coletiva.
    Também tenho muitos medos, e parece que os medos das mães são iguais. Quando meu filho era bebé, eu tinha medo de morrer e deixá-lo desamparado, agora que é um jovem, tenho medo de morrer e não vê-lo conquistando seu espaço, não ver meus netos, hehehe Realmente, depois dos filhos, a gente se enche de medos.
    Doenças também me amedrontam muito, especialmente o câncer, tremo só de pensar.
    Mas,confio em Deus e tento vencer meus medos, não deixando que eles me tirem a graça da vida.
    Desejo felicidades a você e seus filhotes, ok?

    Beijos
    Socorro Melo

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  9. Oi Cynthia.
    Antes de tudo eu peço desculpas por comentar o post com tamanho atraso. Só agora consegui tempo para ler com carinho as excelentes postagens da blogagem coletiva.

    é uma dança da vida. Medos e confrontações. A gente tem muito medo e insegurança porque muitas coisas não temos como lidar, não podemos adivinhar, não temos como resolver.
    E o que nos foge ao controle, temos medo.

    é bacana que vc tem fé. E com ele o medo se torna menor. Há a confiança de ajuda de Deus, de Jesus, de um ser maior.
    O seu medo não é de uma pessoa medrosa. E sim o medo de alguém que ama demais. Que quer se manter em integridade, bem, para proteger e seguir amando os filhos. Digo até que é um medo "generoso", pois o seu medo maior é pelos filhos e nem tanto por você mesma. Isso é um grande amor, muito bonito.

    uma boa semana pra vc!

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