domingo, 12 de setembro de 2010

Um pai deve educar seus filhos

Já não é de hoje que em 99,9% das missas que vou, o padre alerta para os excessos de palmas que se dão nas missas. O povo aplaude tudo! A homilia, o padre, o Livro Sagrado, enfim... São coisas totalmente desnecessárias e anti-liturgicas.
Eu sempre comentei com uma amiga, se o povo não escuta quando o padre diz que não se bate palma quando levanta o Evangelho após a sua proclamação, porque é um momento de benção etc. Parece que entra por um ouvido e sai pelo outro! No Domingo seguinte, a mesma atitude, o mesmo aviso etc...

Então chega uma hora em que um pai (no caso da Igreja local, o Bispo) precisa educar seus filhos, quase como nós fazemos com os nossos. A gente avisa 1,2,3 e até várias vezes e esse filho não obedece, então o que se faz?? Baixa um ordem expressa que deve ser cumprida. Foi mais ou menos isso que o Bispo de Niterói fez. E eu concordo até o fim com isso! Igreja é lugar de oração e recolhimento e não de conversas e aplausos. Missa é MISSA e não Show!!

Segue então o post que fala da carta do Bispo de Niterói sobre os aplausos na Santa Missa.

Arquidiocese de Niterói e as palmas na Santa Missa

Dom Roberto Francisco, Bispo Auxiliar de Niterói, em seu último artigo publicado no site da nossa Arquidiocese explica o porquê D. Alano e ele proibiram as palmas dentro das Celebrações Eucarísticas da Arquidiocese:

Porque não se adequa a teologia da Missa que conforme a Carta Apostólica Domenica Caena de João Paulo II do 24/02/1980, exige respeito a sacralidade e sacrificialidade do mistério eucarístico: “0 mistério eucarístico disjunto da própria natureza sacrifical e sacramental deixa simplesmente de ser tal”. Superando as visões secularistas que reduzem a eucaristia a uma ceia fraterna ou uma festa profana. Nossa Senhora e São João ao pé da cruz no Calvário, certamente não estavam batendo palmas. Porque bater palmas é um gesto que dispersa e distrai das finalidades da missa gerando um clima emocional que faz passar a assembléia de povo sacerdotal orante a massa de torcedores, inviabilizando o recolhimento interior. Porque o gesto de bater palmas olvida duas importantes observações do então Cardeal Joseph Ratzinger sobre os desvios da liturgia : “A liturgia não é um show, um espetáculo que necessite de diretores geniais e de atores de talento. A liturgia não vive de surpresas simpáticas, de invenções cativantes, mas de repetições solenes. Não deve exprimir a atualidade e o seu efêmero, mas o mistério do Sagrado. Muitos pensaram e disseram que a liturgia deve ser feita por toda comunidade para ser realmente sua. É um modo de ver que levou a avaliar o seu sucesso em termos de eficácia espetacular, de entretenimento. Desse modo, porém , terminou por dispersar o propium litúrgico que não deriva daquilo que nós fazemos, mas, do fato que acontece. Algo que nós todos juntos não podemos, de modo algum, fazer. Na liturgia age uma força, um poder que nem mesmo a Igreja inteira pode atribuir-se : o que nela se manifesta e o absolutamente Outro que, através da comunidade chega até nós. Isto é, surgiu a impressão de que só haveria uma participação ativa onde houvesse uma atividade externa verificável : discursos, palavras, cantos, homilias, leituras, apertos de mão… Mas ficou no esquecimento que o Concílio inclui na actuosa participatio também o silêncio, que permite uma participação realmente profunda, pessoal, possibilitando a escuta interior da Palavra do Senhor. Ora desse silêncio, em certos ritos, não sobrou nenhum vestígio”.

Finalmente porque sendo a liturgia um Bem de todos, temos o direito a encontrarmos a Deus nela, o direito a uma celebração harmoniosa, equilibrada e sóbria que nos revele a beleza eterna do Deus Santo, superando tentativas de reduzi-la à banalidade e à mediocridade de eventos de auditório.

+ Dom Roberto Francisco Ferrería Paz



Bispo Auxiliar de Niterói

FONTE: http://www.padredemetrio.com.br/
 
Como fala um amigo meu e eu endosso as palavras dele: 
VIVA ROMA!! 

3 comentários:

  1. Concordo, para cada momento o seu gesto. Eu particularmente não gosto de palmas após a homilia; parece querer-se exaltar mais a oratória do padre ao invés de Cristo que falou por ele.
    Beijos na alma!

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  2. Na missa onde vou ninguém bate palma para nada. Mas vou dizer uma coisa: se o povo não entende o que o padre fala já imaginou o que escreve!
    A carta do bispo está muito difícil para este povo entender, eles vão continuar batendo palma até serem alfabetizados ou levar um tapa no ouvido para desentupir e escutar o que o padre fala.
    bjs Lais

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  3. Realmente, A explicação é válida para todo exessos de aplausos durante as Santas Missas, no entando o que está acontecendo é que estão usando esta atitude justificada devido a um problema local e querendo aplicar a todo território nacional como uma ordem ou regra de apenas um Bispo. Em primeiro lugar, assim como ele determinou a regra em sua Diocese, automaticamente ele abre mão do direito de interferir em outras Dioceses, ficando assim todo o Brasil livre desta ordem e sim submisso ao que seu próprio Bispo decidir para a sua Diocese. No entanto, o que está escrito não cabe para justificar as palmas rítimicas durantes as musicas, porque estas não são aplausos e sim apenas um acompanhamento musical ficando totalmente fora da justificativa e que portanto estariam totalmente liberadas, pois nada se falou contra esta opção de se cantar e acompanhar o ritmo musical com palmas. Paz para todos

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